10 janeiro 2011

GRUPOS FOLCLÓRICOS DE SÃO CRISTÓVÃO ENCANTAM TURISTAS EM LARANJEIRAS

Zabumba, ganzás, cuícas, sanfona e triângulo. Foi ao som desses cinco instrumentos, que os grupos folclóricos Reisado da Paz e Caceteiras do Rindú anunciaram a sua chegada no XXXVI Encontro Cultura de Laranjeiras, que aconteceu nos dias 06 a 09 de janeiro.
Vestidos com roupas exuberantes, montadas com apliques e fitas coloridas, espelhos e chapéus cobertos com flores de tipos variados, os brincantes distribuíram seu charme pelas ruas históricas da cidade.
O ritmo e o canto empolgante cativaram diversos olhares, atraindo dezenas de curiosos para o tablado cultural Seu Oscar. Elidiane Vieira, estudante do 7° período do curso de história e moradora da quarta cidade mais antiga do país, não se conteve ao ritmo e fez questão de acompanhar o grupo do início ao final da apresentação.
“Essa é a primeira vez que venho ao encontro de Laranjeiras, se antes eu já estava animada imagina agora que vejo os grupos da minha cidade. Fico emocionada em saber do prestígio que os grupos da minha terra têm.” falou a estudante.
A cidade de São Cristóvão, quarta cidade mais antiga do país, é famosa não somente por ser Patrimônio da Humanidade ou por possuir belos casarões antigos. Mas também, por ter uma diversidade cultural ampla. Todos os anos os grupos folclóricos seguem a estrada até a cidade de Laranjeiras para se apresentar, a presença deles é esperada por todos.
A moradora da capital sergipana, Lurdinha explica que todos os anos participa do encontro e se encanta com os grupos de São Cristóvão. Este ano a sergipana veio acompanhada de uma amiga portuguesa, que não se conteve em pedir para tirar retratos com os brincantes.
“Não sei o que é mais encantador, se é o canto, o ritmo ou a batida. Tudo é muito lindo, tudo o que vem de São Cristóvão me fascina, mas essas danças são sem comparação” explica Lurdinha, que não parou um só minuto de se balançar.
A primeira apresentação foi feita pelo Reisado da Paz, logo após foi a vez das Caceteiras de Rindú, que não decepcionou o público que encontrou na porta da igreja Matriz o camarote perfeito para assistir toda a apresentação.
Para Maria José dos Santos, mais conhecida como “Foguetinho”, a dança folclórica é muito mais do que uma brincadeira, é uma terapia. “Eu sou doente mental e encontrei na dança folclórica o incentivo que precisava para levantar minha cabeça e mostrar que não sou diferente de ninguém. Hoje além, de dançar eu toco cuíca e ganzá, isso realmente me realiza” completa.

Texto e foto: Grazziele Santos